A ultrassonografia é uma ferramenta diagnóstica que foi introduzida há algumas décadas na obstetrícia e que revolucionou o pré natal. Porém no início, as imagens eram muito rudimentares e elas serviam basicamente para ver se havia uma gestação realmente, se ela estava bem localizada dentro do útero, quantos fetos havia e se os batimentos cardíacos do feto estavam presentes. É muito comum escutarmos as mães dizendo durante os exames de suas filhas: “na minha época a gente só sabia se era menino ou menina e se estava tudo bem quando nascia” , não é mesmo?
Pois bem, as coisas foram evoluindo e com isto a tecnologia da ultrassonografia foi ficando cada vez mais apurada. Com esta evolução foi sendo possível compreender melhor a gestação, observando-se a saúde do feto ainda no ventre materno, principalmente por este ser um meio diagnóstico não lesivo para o feto. Assim surgiu a Medicina Fetal, uma área de atuação da obstetrícia moderna que é voltada a dar uma assistência especializada à saúde da mãe e do feto. Nela este feto é tratado como um paciente, e não mais somente como parte do processo gestacional.
Com maior conhecimento nos processos envolvidos numa gravidez (mãe e feto), o profissional ginecologista e obstetra que atua em Medicina Fetal, através principalmente da ultrassonografia, realiza um conjunto de ações preventivas, diagnósticas e terapêuticas, contribuindo para o bem estar da mãe e do feto. Desta forma auxilia os médicos que acompanham o pré natal mais diversas intercorrências maternas e fetais, dando maior tranquilidade aos pais.
“há alguns anos a medicina abriu as portas para a possibilidade de diagnosticar a saúde de uma criança mesmo quando ela ainda está na barriga da mãe”
Além desta avaliação fetal por meio da ultrassonografia, a medicina fetal também utiliza procedimentos conhecidos como invasivos, que são aqueles que “invadem” o ambiente onde o feto está, com o objetivo de auxiliar o médico especialista em medicina fetal a conduzir e até mesmo a tratar doenças que acometam o feto ainda dentro do útero. Munidos de agulhas (muito finas) e de feixes de fibras ópticas (aparelho chamado de fetoscópio), é possível alcançar o líquido amniótico, cordão e até mesmo o bebê por um furo mínimo no útero. Estes procedimentos são realizados em fases específicas da gestação e contribuem para o nascimento de fetos mais saudáveis e pais mais orientados e preparados.
“A medicina tem estudado formas para que a melhor incubadora seja sempre o ventre materno”.